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quarta-feira, novembro 28, 2012

Frases Mais Usadas em Espanhol



Expressões bastante usadas em espanhol:

No trabalho

Ainda não fiz – Aun no he hecho

Não vou estar aqui – No voy a estar aqui

Pode tentar novamente? – Puede intentarlo de nuevo?

Dia-a-dia

¿Cómo te llamas? - ¿Cuál es tu nombre?
Como se chama?

Me llamo...(seu nome)
Me chamo.. ..

Muchas gracias.
Muito obrigado.

De nada.
De nada.

Buenos días.
Buenas tardes.
Buenas noches.


Bom dia.
Boa tarde.
Boa noite.

¿Cómo está? - Formal
¡Hola! ¿Qué tal? - Informal
Como vai?

Mucho gusto.
Muito prazer.

¿Qué hora es? -
Que hora é? -Que horas são?

Es(Son) las .
É (São). 

¿Qué necesita(s)?-¿Qué quiere(s)?-¿Qué desea(s)? -
O que você deseja?. * se acrescenta S no final somente em conversas informais.

Quiero qué ......
Quero que.....

¿Qué pasa?
Qual é o problema?
O que acontece?

Perdona, perdón .
Desculpa.

¿Qué le gusta hacer?
Me gusta estudiar idiomas.
O que o senhor/senhora gosta de fazer?
Eu gosto de estudar idiomas.

 

No Restaurante:

¿Dónde hay un restaurante?
Onde há um restaurante?

Una mesa para tres personas por favor.
Uma mesa para três pessoas por favor.

Camarero.
Garçom.

¿Podría traerme la carta por favor?
Poderia trazer o menu por favor?

¿Qué desea de primer plato?
*Que gostaria de pedir de primeiro prato?

Nos trae un poco de sopa, por favor?
Queremos um pouco  de Sopa, por favor?

¿Y  para beber?
E para beber?

Un vaso de gaseosa(refresco, coca).
Um copo de refrigerante.

¿Qué desea de segundo plato señor?
*Que deseja pedir de segundo prato?

Me trae un pollo asado.
Traz um frango assado para mim.

Para mi un filete.
Para mim um filé.

Yo quiero papas fritas .
Eu quero batatas fritas.

¿Qué tomarán de postre?
Que os senhores gostaria de sobremesa.

Una fruta por favor.
Uma fruta por favor.

Un trozo de pastel, por favor.
Um pedaço de bolo, por favor.

Quisiera una tarta.
Quero uma torta.

¡Me trae un cuchillo, (tenedor, cuchara)por favor!
pode me trazer uma faca, (garfo, colher)por favor!

¡La cuenta, por favor!
A conta, por favor!

¡Camarero! Tome una propina.
Garçom! Tome uma gorjeta.

 

 

Veja abaixo alguns dos mais usados  e indispensáveis diálogos úteis em um aeroporto. 

 

Quiero ir al aeropuerto por favor.
Quero ir ao aeroporto por favor.

Quiero un boleto de ida y vuelta a Espanha.
Quero uma passagem de ida e volta para Espanha.

Quisiera hacer una reserva para un vuelo a Madrid.
Poderia fazer uma reserva para um vôo para Madri.

¿Hay alguna escala en este vuelo?
Faz alguma escala este vôo.

¿Es directo este vuelo?
É direto este vôo.

¿Cuándo sale(llega) el vuelo?
Quando sai(chega ) o vôo?

¿Cuándo debo registrarme en el aeropuerto?
Quando posso fazer o check in?

¿Cuál es mi número de vuelo, por favor?
Qual é o meu número de vôo, por favor?

¿Dónde puedo facturar mi equipaje?
Onde posso pesar minha bagagem?

¿Cuántas maletas lleva?
Quantas maletas você tem?

¿Me puede ayudar con la maleta?
Pode ajudar com a minha maleta?

¿A qué puerta debo ir?
A que portão devo ir?

¿Muéstreme su pasaje y pasaporte por favor?
Pode mostrar sua passagem e passaporte por favor?

¿Le gusta la ventanilla o pasillo?
Você gosta da janela ou corredor?

¿Dónde está mi equipaje ?
Onde está minha bagagem?

Abróchense los cinturones.
Apertem os cintos.

¿El avión va despegar(aterrizar)?
O avião vai decolar (aterrissar)?

¿Dónde está mi asiento?
Onde está meu assento?

¿Dónde puedo encontrar un taxi?
Onde posso encontrar um táxi?

 

 

Ao Fazer Compras

 

¿Dónde hay un centro comercial en esta ciudad?
Onde posso encontrar um shopping nessa cidade?


En el centro de la ciudad.
No centro da cidade.


¿Hay una tienda de regalos cercana de aquí?
Tem alguma loja de presentes perto da aqui?


Sí, en la próxima esquina.
Sim, na próxima esquina.


Preciso comprar  un regalo de cumpleaños.
Preciso comprar um presente de aniversário.


¿Puede mostrarme algunas sugerencias de regalos?
Pode me mostrar algumas sugestões de presentes?

¿Cuánto cuestan estos CDs?
Quanto custam estes  cds?

Son cinco euros cada.
São cinco euros cada.

¿Cuánto cuesta éso?
Quanto custa esse?

¿Cuánto es?
Quanto é?

Me lo llevo.
Vou levar.

¿Cuáles son las formas de pago?
Quais são as formas de pagamentos?

En efectivo.
Em dinheiro.

En cuotas.
Parcelado.

Con tarjeta de crédito o debito .
Com cartão de crédito ou debito.

Vendedora. ¿Podría mostrarme algo más?
Vendedora. Poderia mostrar mais alguma coisa?

Necesito ayuda para escoger un vestido.
Necessito ajuda para escolher um vestido.

¡Vendedora! Necesito auxilio para coger estos zapatos.
Vendedora! Necessito ajuda para pegar estes sapatos.

Llevo éste.
Levo este.

 

 

 

Perguntando endereços

 

¿Dónde hay una parada de autobús?
Onde tem um ponto de ônibus?

¿Qué barrio es este?
Que bairro é este?

¿Cómo se llama esta calle?
Qual é o nome desta rua?

¿Dónde hay una oficina de correos más cercana?
Onde tem uma agência dos correios mais perto?

¿Dónde es la calle Juan Gomez?
Onde é a rua Juan Gomez?

¿Dónde quedaremos?
Onde vamos nos encontrar?

¿Sabe dónde hay un restaurante?
Você sabe onde têm um restaurante?

Quisiera comprar una medicina. ¿Sabes dónde hay una droguería?
Quero comprar um remédio. Sabe onde tem uma farmácia?

¿Dónde puedo comprar billetes para el concierto(show)?
Onde posso comprar ingressos para o show?

 

Diálogos básicos em um hotel.

 

¡Hola! ¿Quisiera hacer una reserva de una habitación?  
Oi! Queria fazer uma reserva de um quarto?

¿Cuánto es por semana?
Quanto é por semana?

Quisiera un piso con un dormitorio, televisión por cable y  ADSL para Internet.
Quero um apartamento com um dormitório,Tv a cabo e conexão ADSL para internet.

¿Cuánto es por día?
Quanto é por dia?

¿Cuánto es el alquiler?
Quanto é o aluguel?

¿Hay garaje para aparcar mi coche?
Tem garagem para estacionar o meu carro?

Sí tenemos.
Sim temos.

No tenemos.
Não temos.

¿El desayuno está incluido en el precio?
O café da manha esta incluído no preço?

¿Puedo ver su mejor habitación?
Posso ver o seu melhor quarto?

¿Qué número es mi habitación?
Qual é o número do meu quarto?

¿Qué tipo de pago ustedes aceptan?
Cheque, tarjeta de crédito y dinero en efectivo.

Quais são as formas de pagamento?
Cheque, cartão de credito e pagamento à vista.

¿Hay piscina en este hotel?
Tem piscina neste hotel?

¿Puede traerme mis maletas(equipaje)?
Pode trazer minhas bagagens?

Atos do cotidiano.

Abaixo você vai encontrar uma série de frases em Espanhol com as coisas que costumamos fazer em nosso dia-a-dia. 

Cepillar los dientes.
Escovar os dentes.

Ir a trabajar.
Ir trabalhar

Charlar con los amigos / México: Platicar con los amigos 
Conversar com os amigos.

Limpiar la casa.
Limpar a casa.
 
Jugar con el perro (gato).
Brincar com o cachorro (gato).

Coger el autobús.
Pegar o ônibus.

Ir a la clase de español.
Ir na aula de Espanhol.

Hacer compras en el supermercado (super).
Fazer compras no supermercado.

Ir a la fiesta de cumpleaños de un amigo.
Ir ao aniversário de um amigo.

Arreglar la cama. / Hacer la cama
Arrumar a cama.

Ir  al concierto de un cantante famoso.
Ir ao show de um cantor famoso.

Marcharse del sitio de trabajo.
Deixar o local de trabalho.

Ducharse.
Tomar banho.

Lavar la ropa sucia.
Lavar a roupa suja.

Salir a caminar con el perro.
Sair para caminhar com o cachorro.

Peinarse los pelos / cabellos.
Pentear os cabelos.

Ver una pelí (película)
Assistir um filme.

Llamar a alguien por teléfono.
Ligar para alguém.

Contestar el teléfono.
Atender o telefone.

Montar en bicicleta.
Andar de bicicleta.

 

Atualização 15/12/2023: Mais algumas frases bastante usadas em espanhol no dia-a-dia:

  • Hola, ¿cómo estás? - Olá, como você está?
    1. ¿Qué tal? - Como vai?
    2. Buenos días. - Bom dia.
    3. Buenas tardes. - Boa tarde.
    4. Buenas noches. - Boa noite.
    5. ¿Cómo te llamas? - Como você se chama?
    6. Mucho gusto. - Prazer em conhecê-lo.
    7. Adiós. - Adeus.
    8. Por favor. - Por favor.
    9. Gracias. - Obrigado(a).
    10. De nada. - De nada.
    11. Lo siento. - Sinto muito.
    12. ¿Cómo estuvo tu día? - Como foi o seu dia?
    13. ¿Dónde está el baño? - Onde fica o banheiro?
    14. ¿Cuánto cuesta esto? - Quanto custa isso?
    15. ¿Puedo ayudarte en algo? - Posso te ajudar em alguma coisa?
    16. Me gusta. - Eu gosto.
    17. No me gusta. - Eu não gosto.
    18. Lo hice. - Eu fiz.
    19. No lo hice. - Eu não fiz.
    20. ¿Cuál es tu nombre? - Qual é o seu nome?
    21. ¿Dónde vives? - Onde você mora?
    22. Me encanta. - Eu amo.
    23. Odio eso. - Eu odeio isso.
    24. ¿Cómo llego a...? - Como eu chego a...?
    25. ¿Qué hora es? - Que horas são?
    26. Estoy perdido(a). - Estou perdido(a).
    27. ¿Dónde puedo encontrar un restaurante? - Onde posso encontrar um restaurante?
    28. ¿Puedo tener la cuenta, por favor? - Posso ter a conta, por favor?
    29. ¿Qué opinas? - O que você acha?
    30. ¿Cómo se dice... en español/portugués? - Como se diz... em espanhol/português?
    31. No entiendo. - Eu não entendo.
    32. ¿Puedes repetir, por favor? - Você pode repetir, por favor?
    33. Estoy aprendiendo español/portugués. - Estou aprendendo espanhol/português.
    34. ¿Qué hiciste hoy? - O que você fez hoje?
    35. ¿Qué planes tienes para el fin de semana? - Quais são seus planos para o final de semana?
    36. ¿Cuántos años tienes? - Quantos anos você tem?
    37. ¡Felicidades! - Parabéns!
    38. ¿Me puedes ayudar? - Você pode me ajudar?
    39. ¡Buena suerte! - Boa sorte!
    40. Estoy cansado(a). - Estou cansado(a).
    41. Tengo hambre. - Estou com fome.
    42. Tengo sed. - Estou com sede.
    43. Me gusta viajar. - Eu gosto de viajar.
    44. ¿Qué tal la comida? - Como está a comida?
    45. ¿Puedo tomar una foto? - Posso tirar uma foto?
    46. ¿Dónde puedo comprar boletos? - Onde posso comprar ingressos?
    47. Me duele la cabeza. - Estou com dor de cabeça.
    48. ¿A qué hora es la reunión? - A que horas é a reunião?
    49. Estoy ocupado(a). - Estou ocupado(a).
    50. Me encantaría. - Eu adoraria.
    51. No puedo. - Eu não posso.
    52. ¿Dónde puedo encontrar un cajero automático? - Onde posso encontrar um caixa eletrônico?
    53. ¿Puedo ir al baño? - Posso ir ao banheiro?
    54. Estoy emocionado(a). - Estou animado(a).
    55. ¿Qué hiciste el fin de semana pasado? - O que você fez no fim de semana passado?
    56. ¿Quieres salir conmigo? - Você quer sair comigo?
    57. No estoy seguro(a). - Não tenho certeza.
    58. ¿Qué recomiendas? - O que você recomenda?
    59. Me encantaría volver a verte. - Eu adoraria te ver de novo.

     

    quarta-feira, setembro 12, 2012

    Como Nasce a Poesia - Fernando Pessoa



    ...” o poeta vulgar sente espontaneamente com a largueza que naturalmente projetaria em versos como os que ele escreve; e depois, refletindo, sujeita essa emoção a cortes e retoques e outras mutilações ou alterações, em obediência a uma regra exterior.

    Nenhum homem foi alguma vez poeta assim.

    A disciplina do ritmo é aprendida até ficar sendo uma parte da alma: o verso que a emoção produz nasce já subordinado a essa disciplina.

    Uma emoção naturalmente harmônica é uma emoção naturalmente ordenada; uma emoção  naturalmente ordenada é uma emoção naturalmente traduzida num ritmo ordenado, pois a emoção dá o ritmo e a ordem que há nela, a ordem que no ritmo há.

     

    Na palavra, a inteligência dá a frase, a emoção o ritmo. Quando o pensamento do poeta é alto,

    isto é, formado de uma idéia que produz uma emoção, esse pensamento, já de si harmônico pela junção equilibrada de idéia e emoção, e pela nobreza de ambas, transmite esse equilíbrio de emoção e de sentimento à frase e ao ritmo, e assim, como disse, a frase, súdita do pensamento que a define, busca-o, e o ritmo, escravo da emoção que esse pensamento agregou a si, o serve.”

     

    Análise de Fernando Pessoa sobre a poesia de Álvaro de Campos (um de seus próprios pseudônimos)

    Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/facam.html

     

    sexta-feira, setembro 07, 2012

    Em Torno da Felicidade - pelo espirito Andre Luiz




    Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquele que amamos.

    Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.

    A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.

    A alegria do próximo começa muitas vezes no sorriso que você lhe queira dar.

    A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranqüila.

    Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.

    Estude a si mesmo, observando que o auto-conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.

    Amor é a força da vida e trabalho vinculado ao amor é a usina geradora da felicidade.

    Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando o seu coração para vida nova.

    Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim.

    Autor :  André Luiz / Psicografado por Chico Xavier

    quinta-feira, agosto 30, 2012

    A garrafa de cachaça e a pia



    BEBO SIM...

    Ói qui, moço, eu tinha lá em casa dez garrafa de cachaça que eu tinha trazido lá do Raio de Sol...

    Mas, minha muié num gostô muito, não, sinhô. E mandô que eu jogasse tudo no ralo.

    Pra num criá confusão, eu concordei. Fui pra cozinha, coloquei as garrafa na pia e comecei a atendê a patroa:

    Peguei a primeira garrafa, tomei um copo e joguei o resto na pia. Aquilo doeu no fundim da alma, sô...

    Peguei a segunda garrafa, bebi mais um copo e joguei o resto na pia. Êita, cachaça boa! Mas, eu tinha que continuá...

    Então, peguei a terceira garrafa, tomei o resto e joguei um copo na pia... Minha muié, tava na sala só ouvindo...

    Foi aí que eu peguei a quarta garrafa, bebi na pia e joguei o resto no copo. Ê, dureza...

    Peguei o quinto copo, joguei a rolha na pia e bebi a garrafa. As coisa tava ficando meio turva, mas eu não parava...

    Peguei a sexta pia, bebi a garrafa e joguei o copo no resto.

    A sétima garrafa eu peguei no resto e bebi a pia... Depois, peguei no copo, bebi no resto e joguei a pia na oitava garrafa...

    Aí eu joguei a nona pia no copo, peguei na garrafa e bebi o resto...

    No décimo copo, moço, eu peguei a garrafa no resto e me joguei na pia.

    segunda-feira, julho 16, 2012

    O que é Obsessao Espiritual

    "A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.  
    Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral,  sem perceptíveis sinais exteriores,  até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. "
     
    Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec, no capítulo XXVIII, item 81
     
    (contribuição enviada por email por Jota Pedroso)
     
    (imagem: sxc.hu)

    Autoperdao - Joana de Angelis e Divaldo Franco

    Toda vez em que a culpa não emerge de maneira consciente, são liberados conflitos que a mascaram, levando a inquietações e sofrimentos sem aparente causa.
    Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos quais são arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise de profundidade em tomo dos males produzidos, seja de referência à própria pessoa ou a outrem.

    Cedo ou tarde, ressumam de maneira inquietadora, produzindo mal-estar, inquietação, insatisfação pessoal, em caminho de transtorno de conduta.
    A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, que deve ser enfrentada com serenidade e altivez.



    Ninguém se pode considerar irretocável enquanto no processo da evolução.
    Mesmo aquele que segue retamente o caminho do bem está sujeito a alternância de conduta, tendo em vista os desafios que se apresentam e o estado emocional do momento.
    Há períodos em que o bem-estar a tudo enfrenta com alegria e naturalidade, enquanto que, noutras ocasiões, os mesmos incidentes produzem distúrbios e reações imprevisíveis.
    Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar-se, não permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal que fizeram.
    Muitos males são ao próprio indivíduo feitos, produzindo remorso, vergonha, ressentimento, sem que haja coragem para revivê-los e liberar-se dos seus efeitos danosos.






    Uma reflexão em tomo da humanidade de que cada qual é possuidor, permitir-lhe-á entender que existem razões que o levam a reagir, quando deveria agir, a revidar, quando seria melhor desculpar, a fazer o mal, quando lhe cumpriria fazer o bem...
    A terapia moral pelo autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo.
    Torna-se essencial, portanto, uma reavaliação da ocorrência, num exame sincero e honesto em torno do acontecimento, diluindo-o racionalmente e predispondo-se a dar-se uma nova oportunidade, de forma que supere a culpa e mantenha-se em estado de paz interior.
    O autoperdão é essencial para uma existência emocional tranquila.
    Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo, desamarrando-se dos cipós constringentes do remorso.
    Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver.




    Em face do autoperdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo da paz.
    Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, que ele é infeliz, que a sua peçonha caracteriza-lhe o estado de inferioridade.
    Mediante este enfoque surge um sentimento de compaixão que se desenvolve, diminuindo a reação emocional da revolta ou do ódio, ou da necessidade de revide, descendo ao mesmo nível em que ele se encontra.
    O célebre cientista norte-americano Booker T. Washington, que sofreu perseguições inomináveis pelo fato de ser negro, e que muito ofereceu à cultura e à agricultura do seu país, asseverou com nobreza: Não permita que alguém o rebaixe tanto a ponto de você vir a odiá-lo.
    Desejava dizer que ninguém deve aceitar a ojeriza de outrem, o seu ódio e o seu desdém a ponto de sintonizar na mesma faixa de inferioridade.
    Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral, constituem o antídoto para o ódio de fácil irrupção.




    Sem dúvida, existem os invejosos, que se comprazem em denegrir aquele a quem consideram rival, por não poderem ultrapassá-lo; também enxameiam os odientos, que não se permitem acompanhar a ascensão do próximo, optando por criar-lhes todos os embaraços possíveis; são numerosos os poltrões que detestam os lidadores, porque pensam que os colocam em postura inferior e se movimentam para dificultar-lhes a marcha ascensional; são incontáveis aqueles que perderam o respeito por si mesmos e auto-realizam-se agredindo os lidadores do dever e da ordem, a fim de nivelá-los em sua faixa moral inferior...
    Deixa que a compaixão tome os teus sentimentos e envolve-os na lã da misericórdia, quanto gostarias que assim fizessem contigo, caso ainda te detivesses na situação em que eles estagiam.Perceberás que um sentimento de compreensão, embora não de conivência com o seu erro, tomará conta de ti, impulsionando-te a seguir adiante, sem que te perturbes.
    Sob o acicate desses infelizes, aos quais tens o dever de compreender e de perdoar, porque não sabem o que fazem, ignorando que a si mesmos se prejudicam, seguirás confiante e invencível no rumo da montanha do progresso.
    Ninguém escapa, na Terra, aos processos de sofrimento infligido por outrem, em face do estágio espiritual que se vive no planeta e da população que o habita ainda ser constituída por Espíritos em fases iniciais de crescimento intelecto-moral.
    Não te detenhas, porque não encontres compreensão, nem porque os teus passos tenham que enfrentar armadilhas e abismos que saberás vencer, caso não te permitas compartilhar das mesmas atitudes dos maus.




    Chegarás ao termo da jornada vitoriosamente, e isso é o que importa.
    O eminente sábio da Grécia, Sólon, costumava dizer que nada pior do que o castigo do tempo, referindo-se às ocorrências inesperadas e inevitáveis da sucessão dos dias. Nunca se sabe o que irá acontecer logo mais e como se agirá.
    Dessa forma, faze sempre todo o bem, ajuda-te com a compaixão e o amor, alçando-te a paisagens mais nobres do que aquelas por onde deambulas por enquanto.
    Perdoa-te, portanto, perdoando, também, ao teu próximo, seja qual for o crime que haja cometido contra ti.



    Joana de Ângelis - Divaldo P. Franco

    sexta-feira, julho 13, 2012

    Augusto dos Anjos Poemas - VANDALISMO


    Vandalismo
    Augusto dos Anjos, poesia

    Meu coração tem catedrais imensas,
    Templos de priscas e longínquas datas,
    Onde um nume de amor, em serenatas,
    Canta a aleluia virginal das crenças.

    Na ogiva fúlgida e nas colunatas
    Vertem lustrais irradiações intensas
    Cintilações de lâmpadas suspensas
    E as ametistas e os florões e as pratas.

    Com os velhos Templários medievais
    Entrei um dia nessas catedrais
    E nesses templos claros e risonhos.

    E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
    No desespero dos iconoclastas
    Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!


    Comentários

    Este poema apresenta uma rica e simbólica narrativa sobre as emoções humanas, particularmente a experiência de desilusão e autossabotagem. O eu lírico começa descrevendo seu coração como um lugar majestoso e espiritual, repleto de "catedrais imensas" e "templos de priscas e longínquas datas", onde o amor é venerado como uma divindade que entoa "a aleluia virginal das crenças".

    A linguagem poética é exuberante, repleta de imagens vívidas, como "lustrais irradiações intensas", "cintilações de lâmpadas suspensas" e pedras preciosas como "ametistas" e "florões" que adornam esses espaços emocionais. A menção aos "velhos Templários medievais" evoca uma atmosfera histórica e mística, acrescentando profundidade à composição.

    No entanto, o clímax do poema é surpreendente. O eu lírico revela que, em um momento de desespero, ele se tornou como os "iconoclastas", aqueles que destruíram imagens religiosas, e "quebrou a imagem dos meus próprios sonhos". Esta reviravolta desconcertante sugere que a desilusão ou a autossabotagem podem ocorrer mesmo nos lugares mais preciosos e espiritualmente carregados de nosso ser.

    O poema, portanto, oferece uma reflexão profunda sobre a natureza complexa das emoções humanas e como, por vezes, somos nossos próprios maiores inimigos. A imagem das catedrais interiores e a quebra das imagens dos sonhos são metáforas poderosas para a fragilidade e a contradição da experiência humana, tornando-o uma peça poética rica em significado e emoção.

    Augusto dos Anjos Poemas - VOLUPIA IMORTAL



    Cuidas que o genesíaco prazer,
    Fome do átomo e eurítmico transporte
    De todas as moléculas, aborte
    Na hora em que a nossa carne apodrecer?!

    Não! Essa luz radial, em que arde o Ser,
    Para a perpetuação da Espécie forte,
    Tragicamente, ainda depois da morte,
    Dentro dos ossos, continua a arder!

    Surdos destarte a apóstrofes e brados,
    Os nossos esqueletos descarnados,
    Em convulsivas contorções sensuais,

    Haurindo o gás sulfídrico das covas,
    Com essa volúpia das ossadas novas
    Hão de ainda se apertar cada vez mais!


    Augusto dos Anjos Poemas - TERRA FUNEBRE



    TERRA FÚNEBRE
    Aqui morreram tantos poetas! Tanta
    Guitarra morta este lugar encerra!...
    Aqui é o Campo-Santo, aqui é a Terra!
    Em que a alma chora e em que a Saudade canta!

    O caminheiro que o Pesar desterra,
    Pare chorando nesta Terra Santa,
    E se cantar como a Saudade canta,
    O caminheiro fique nesta Terra!

    À noute aqui um trovador eterno
    Chora, abraçado às campas dos poetas,
    - Esse sombrio trovador é o Inverno!

    Aqui é a Terra, onde, ao noturno açoute,
    Carpem na sombra pássaros ascetas,
    Gemem poetas - pássaros da Noute!


    Augusto dos Anjos Poemas -VERSOS INTIMOS



    VERSOS ÍNTIMOS
    Vês! Ninguém assistiu ao formidável
    Enterro de tua última quimera.
    Somente a Ingratidão - esta pantera -
    Foi tua companheira inseparável!

    Acostuma-te à lama que te espera!
    O Homem, que, nesta terra miserável,
    Mora, entre feras, sente inevitável
    Necessidade de também ser fera.

    Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
    O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
    A mão que afaga é a mesma que apedreja.

    Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
    Apedreja essa mão vil que te afaga,
    Escarra nessa boca que te beija!


    Augusto dos Anjos Poemas -TRISTEZAS DE UM QUARTO MINGUANTE



    Quarto Minguante! E, embora a lua o aclare,
    Este Engenho Pau d'Arco é muito triste...
    Nos engenhos da várzea não existe
    Talvez um outro que se lhe equipare!

    Do observatório em que eu estou situado
    A lua magra, quando a noite cresce,
    Vista, através do vidro azul, parece
    Um paralelepípedo quebrado!

    O sono esmaga o encéfalo do povo.
    Tenho 300 quilos no epigastro...
    Dói-me a cabeça. Agora a cara do astro
    Lembra a metade de uma casca de ovo.

    Diabo! Não ser mais tempo de milagre!
    Para que esta opressão desapareça
    Vou amarrar um pano na cabeça1
    Molhar a minha fronte com vinagre.

    Aumentam-se-me então os grandes medos.
    O hemisfério lunar se ergue e se abaixa
    Num desenvolvimento de borracha,
    Variando à ação mecânica dos dedos!

    Vai-me crescendo a aberração do sonho.
    Morde-me os nervos o desejo doudo
    De dissolver-me, de enterrar-me todo
    Naquele semicírculo medonho!

    Mas tudo isto é ilusão de minha parte!
    Quem sabe se não é porque não saio
    Desde que, 6.ª-feira, 3 de maio,
    Eu escrevi os meus Gemidos de Arte?!

    A lâmpada a estirar línguas vermelhas
    Lambe o ar. No bruto horror que me arrebata,
    Como um degenerado psicopata
    Eis-me a contar o número das telhas!

    - Uma, duas, três, quatro... E aos tombos, tonta
    Sinto a cabeça e a conta perco; e, em suma,
    A conta recomeço, em ânsias: - Uma...
    Mas novamente eis-me a perder a conta!

    Sucede a uma tontura outra tontura.
    - Estarei morto?! E a esta pergunta estranha
    Responde a Vida - aquela grande aranha
    Que anda tecendo a minha desventura! -

    A luz do quarto diminuindo o brilho
    Segue todas as fases de um eclipse...
    Começo a ver coisas de Apocalipse
    No triângulo escaleno do ladrilho!

    Deito-me enfim. Ponho o chapéu num gancho.
    Cinco lençóis balançam numa corda,
    Mas aquilo mortalhas me recorda,
    E o amontoamento dos lençóis desmancho.

    Vêm-me á imaginação sonhos dementes.
    Acho-me, por exemplo, numa festa...
    Tomba uma torre sobre a minha testa,
    Caem-me de uma só vez todos os dentes!

    Então dois ossos roídos me assombraram...
    - "Por ventura haverá quem queira roer-nos?!
    Os vermes já não querem mais comer-nos
    E os formigueiros lá nos desprezaram".

    Figuras espectrais de bocas tronchas
    Tornam-me o pesadelo duradouro...
    Choro e quero beber a água do choro
    Com as mãos dispostas á feição de conchas.

    Tal urna planta aquática submersa,
    Antegozando as últimas delicias
    Mergulho as mãos - vis raízes adventícias -
    No algodão quente de um tapete persa.

    Por muito tempo rolo no tapete,
    Súbito me ergo. A lua é morta. Um frio
    Cai sobre o meu estômago vazio
    Como se fosse um copo de sorvete!

    A alta frialdade me insensibiliza;
    O suor me ensopa. Meu tormento é infindo...
    Minha família ainda está dormindo
    E eu não posso pedir outra camisa!

    Abro a janela. Elevam-se fumaças
    Do engenho enorme. A luz fulge abundante
    E em vez do sepulcral Quarto Minguante
    Vi que era o sol batendo nas vidraças.

    Pelos respiratórios tênues tubos
    Dos poros vegetais, no ato da entrega
    Do mato verde, a terra resfolega
    Estrumada, feliz, cheia de adubos.

    Côncavo, o céu, radiante e estriado, observa
    A universal criação. Broncos e feios,
    Vários reptis cortam os campos, cheios
    Dos tenros tinhorões e da úmida erva.

    Babujada por baixos beiços brutos,
    No húmus feraz, hierática, se ostenta
    A monarquia da árvore opulenta
    Que dá aos homens o óbolo dos frutos.

    De mim diverso, rígido e de rastos
    Com a solidez do tegumento sujo
    Sulca, em diâmetro, o solo um caramujo
    Naturalmente pelos mata-pastos.

    Entretanto, passei o dia inquieto,
    A ouvir, nestes bucólicos retiros
    Toda a salva fatal de 21 tiros
    Que festejou os funerais de Hamleto!

    Ah! Minha ruína é pior do que a de Tebas!
    Quisera ser, numa última cobiça,
    A fatia esponjosa de carniça
    Que os corvos comem sobre as jurubebas!

    Porque, longe do pão com que me nutres
    Nesta hora, oh! Vida em que a sofrer me exortas
    Eu estaria como as bestas mortas
    Pendurado no bico dos abutres!

    Augusto dos Anjos Poemas - VERSOS A UM CAO



    VERSOS A UM CÃO
    Que força pôde adstrita e embriões informes,
    Tua garganta estúpida arrancar
    Do segredo da célula ovular
    Para latir nas solidões enormes?!

    Esta obnóxia inconsciência, em que tu dormes,
    Suficientíssima é, para provar
    A incógnita alma, avoenga e elementar
    Dos teus antepassados vermiformes.

    Cão! - Alma de inferior rapsodo errante!
    Resigna-a, ampara-a, arrima-a, afaga-a, acode-a
    A escala dos latidos ancestrais...

    E irás assim, pelos séculos, adiante,
    Latindo a esquisitíssima prosódia
    Da angustia hereditária dos teus pais!

    Augusto dos Anjos Poemas - TREVAS



    Haverá, por hipótese, nas geenas
    Luz bastante fulmínea que transforme
    Dentro da noite cavernosa e enorme
    Minhas trevas anímicas serenas?!

    Raio horrendo haverá que as rasgue apenas?!
    Não! Porque, na abismal substância informe,
    Para convulsionar a alma que dorme
    Todas as tempestades são pequenas!

    Há de a Terra vibrar na ardência infinda
    Do éter em branca luz transubstanciado,
    Rotos os nimbos maus que a obstruem a esmo...

    A própria Esfinge há de falar-vos ainda
    E eu, somente eu, hei de ficar trancado
    Na noite aterradora de mim mesmo!


    Augusto dos Anjos Poemas - VERSOS A UM COVEIRO



    Numerar sepulturas e carneiros,
    Reduzir carnes podres a algarismos,
    Tal é, sem complicados silogismos,
    A aritmética hedionda dos coveiros!

    Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
    Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
    Na progressão dos números inteiros
    A gênese de todos os abismos!

    Oh! Pitágoras da última aritmética,
    Continua a contar na paz ascética
    Dos tábidos carneiros sepulcrais:

    Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
    Porque, infinita como os próprios números,
    A tua conta não acaba mais!


    Augusto dos Anjos Poemas - A ARVORE DA SERRA



    - As árvores, meu filho, não têm alma!
    E esta árvore me serve de empecilho...
    É preciso cortá-la, pois, meu filho,
    Para que eu tenha uma velhice calma!

    - Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
    Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
    Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
    Esta árvore, meu pai, possui minha'alma!...

    - Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
    "Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
    E quando a árvore, olhando a pátria serra,

    Caiu aos golpes do machado bronco,
    O moço triste se abraçou com o tronco
    E nunca mais se levantou da terra!


    Augusto dos Anjos Poemas - A AERONAVE



    Cindindo a vastidão do Azul profundo,
    Sulcando o espaço, devassando a terra,
    A Aeronave que um mistério encerra
    Vai pelo espaço acompanhando o mundo.

    E na esteira sem fim da azúlea esfera
    Ei-la embalada n'amplidão dos ares,
    Fitando o abismo sepulcral dos mares
    Vencendo o azul que ante si s'erguera.

    Voa, se eleva em busca do Infinito,
    É como um despertar de estranho mito,
    Auroreando a humana consciência.

    Cheia da luz do cintilar de um astro,
    Deixa ver na fulgência do seu rastro
    A trajetória augusta da Ciência.


    quarta-feira, julho 11, 2012

    Ajuda nas Horas Dificeis - Andre Luiz - Texto Espirita



    Presentes sempre ao lado de seus tutelados, os amigos espirituais de todos os encarnados estão a postos nas horas cruciais e difíceis dos destinos daqueles que tomaram como seus discípulos para ajudá-los a enfrentarem as adversidades , cumprindo com as tarefas a que se comprometeram antes de reencarnar.
    Isso porque não existe nenhum ser humano que venha à vida física, depois de experiências anteriores nas quais acabou fracassando, que não tenha se preparado para enfrentar os mesmos obstáculos e vencê-los definitivamente. Todo regresso ao mudo físico é precedido de uma preparação profunda e meticulosa que respeita, em primeiro lugar, a Misericórdia do Criador, que não dá fardos mais pesados do que as forças de quem o transportará.
    Em segundo lugar, tal preparação leva em conta as necessidades do reencarnante, que precisará enfrentar determinados e específicos problemas para lapidar seu espírito fraco ou adormecido em determinadas áreas da experiência.. Em terceiro lugar, a preparação indispensável visa fortificar a alma renascente através de cursos,lições, tratamentos magnéticos, etc, para que ela possa estar qualificada para superar todas as dificuldades, antes de nascer.
    Tal avaliação ocorre sempre, mesmo para os casos em que a reencarnação seja imposta ao individuo como único recurso para sua melhoria.
    Nos casos em que se trate de Espírito com algum mérito evolutivo, ele é conduzido a participar do processo de modelagem da nova experiência física que deverá enfrentar, com a escolha de corpos mais ou menos resistentes, experiências mais ou menos dolorosas ou laboriosas, organismos mais ou menos saudáveis, famílias mais ou menos difíceis.
    No entanto, quando o Espírito não tem discernimento para escolher de acordo com as próprias necessidades, os espíritos superiores por ele determinam qual o melhor estilo de vida a ser desenhado em sua jornada e, franqueando todos os tipo de ajuda ao espírito renascente, encaminham-no para que possa passar pelas provas necessárias a sua modelagem pessoal.
    E quando tudo possa estar nebuloso, confuso, de difícil compreensão, Deus lhe permite ter acesso pessoal aos que lhe estão auxiliando através da intuição, aos amigos que, no invisível , os mantêm com os pensamentos voltados para o poder de vencer a si mesmo que cada um possui.
    Por meio da oração sincera e do recolhimento íntimo, todo encarnado pode entrar em sintonia com esses amigos vigilantes e presentes em nossas vidas e que, longe de resolverem por nós os problemas que nos cabe solucionar, buscam infundir-nos boas idéias, pensamentos mais claros e estados de ânimo propicio ao caminhar correto, dentro das necessidades evolutivas de cada um.
    Todas as pessoas, sem dependerem de nenhum intermediário, nem de qualquer sensitivo especificamente dotado, podem através da oração simples e sincera, que dispensa todas as formas ritualísticas ou artificiosas, para transformar-se, tão somente, na conversa franca entre filho confuso e Pai compreensivo e sábio.
    Por isso , fazendo o silêncio interior, o ser reencarnado está abrindo condições para escutar as vibrações sutis que lhe tocam a alma e que, em forma de intuições lhe aconselham sempre o melhor caminho, dentro da harmonia das leis do universo.
    Quando ligados ao mal, quando habituados a praticar o que não é adequado, a nossa sintonia sofre a interferência de inteligências igualmente voltadas a desestruturar nossos passos, confundir nossas mentes, alvoroçar nossos sentimentos . A grande gama de espíritos sem lucidez ou sabedoria busca a manutenção de seus interesses mesquinhos e suas sensações inferiores, aproximando-se dos encarnados que lhes permitem a companhia por terem as mesmas sensações ou tendências e, nestes casos a intuição será sempre negativa.
    Todavia, basta o encarnado ligar-se a Deus, repudiando o mal, contrito e humildemente, arrependido e autêntico, para que novas ligações magnéticas se estabeleçam com planos mais elevados e com Espíritos mais nobre que saberão propiciar-lhe a as intuições necessárias para superar a si mesmo e encontrar um novo caminho.
    ANDRÉ LUIZ RUIZ da obra:”OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA.”
    Pelo Espírito: LUCIUS.


    quinta-feira, julho 05, 2012

    Poesia Gaucha Balada do Setestrelo




    Certo dia estando viajando de metrô em Porto Alegre li o poema abaixo que achei sensacional:

    Balada do Setestrelo

    Sete noites, setestrelo, de volúpia e desespero,
    sete espadas, sete luzes, sete noites no caminho,
    sete janelas abertas, sete cruzes eu sozinho,
    sete lâmpadas acesas, sete carrilhões na estrada,
    sete sinos capuchinhos balindo o selo do nada,
    sete rosas, sete espinhos, sete pedras no caminho,
    sete vestidos de noiva, sete noivos, sete montes,

    sete noites mal dormidas sete contas setestrelo
    sete anéis, sete vidas, sete espigas sete vezes
    debulhadas, no caminho eu sozinho setestrelo,
    sete anáguas, sete ventos, sete mares setestrelo,
    sete versos, sete pontas, sete pregos no sapato,
    sete cadarços de arame, sete sandálias de prata,
    sete lampiões de fogo perdidos na densa mata. 

    Eduardo Dall´Alba







    sexta-feira, janeiro 13, 2012

    Fernando Pessoa - Para Ser Grande Seja Inteiro




    Para ser grande, sê inteiro: nada
    Teu exagera ou exclui.
    Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
    No mínimo que fazes.
    Assim em cada lago a lua tôda
    Brilha, porque alta vive.

    Este poema de Fernando Pessoa, intitulado "Para ser grande, sê inteiro", é um convite à autenticidade, à integridade e à plenitude na vida. O poeta nos instiga a sermos verdadeiros e completos em tudo o que fazemos, em vez de nos dividirmos ou exagerarmos em certos aspectos de nossa personalidade ou ações.

    A primeira estrofe enfatiza a importância de evitar exageros ou exclusões em nossa jornada. Muitas vezes, as pessoas tendem a exagerar em certas qualidades ou características, ou excluem partes de si mesmas para se encaixarem em determinados padrões sociais. Pessoa nos aconselha a evitar esses extremos.

    Na segunda estrofe, o poeta nos encoraja a sermos inteiros e autênticos em cada ação que empreendemos. Ele nos convida a colocar todo o nosso ser em até mesmo nas tarefas mais simples, a fim de expressar nossa verdadeira essência.

    A metáfora da lua refletida na água, usada na última estrofe, simboliza a ideia de que quando nos dedicamos plenamente a cada aspecto de nossas vidas, assim como a lua brilha completamente em cada lago, vivemos uma vida mais rica e significativa. A lua não brilha apenas parcialmente em um lago, mas resplandece por completo, independente de onde esteja refletida. Da mesma forma, Pessoa nos lembra que nossa integridade e autenticidade devem ser constantes em todas as áreas de nossas vidas, independentemente das circunstâncias.

    No geral, o poema nos convida a sermos verdadeiros conosco mesmos, a abraçar todas as partes de nossa identidade e a viver uma vida plena e autêntica. É uma mensagem inspiradora que nos encoraja a buscar a integridade em nossa jornada pessoal.